Não são as primeiras tentativas que definem

Não são as primeiras tentativas que definem.

Quando queremos algo, somos impulsionados pela vontade e colocamos os nossos esforços, planos e projetos em direção ao desejado.

No entanto, as coisas, os resultados, raramente saem como desejamos nas primeiras tentativas.

E pelo que acredito ser uma grande falha nossa, desistimos de algumas coisas logo nas primeiras frustrações. Nos impedimos de muitas conquistas.

As frustrações nos trazem bloqueios que vão limitando as novas buscas e até mais do que isso.

Não nos deixam apenas cautelosos, mas também medrosos e até mesmo nos fazem criar um julgamento antecipado de coisas e pessoas, acreditando que tudo e todos serão iguais e “as histórias se repetirão”.

Parece até que não percebemos o que nos é mostrado desde os nossos literalmente, primeiros passos.

Tentativas.

Um dia, o arrastar agitado nos levou a um engatinhar curioso. E no trocar desequilibrado de pernas, porém ousado e valente, nos lançávamos à frente. E entre o cair e levantar inúmeras vezes, o andar desajeitado foi ganhando forma na ousadia e insistência.

E o mesmo se repetiu nos pequenos gritos e ruídos até alcançar as palavras e a fala fluente.

São tantas às vezes em que sentimos vontade de começar, quando já estamos “do meio pra frente”. Quando as tentativas e insistência já nos fez identificar, corrigir e aperfeiçoar.

Enfim, acredito que desde as atividades, até os relacionamentos pessoais, essa “regra das tentativas” se repita.

No entanto, não são os primeiros tombos que definem que não nos equilibraremos bem nas duas rodas de uma bicicleta.

Assim como não é um primeiro desentendimento que define a inexistência de um agradável, bom e talvez até incrível relacionamento.

Certamente temos que estabelecer limites, mas acho até injusto não darmos a nós e aos outros, mais do que uma ou duas oportunidades.

O que traz o satisfatório é o aperfeiçoamento, a apara de arestas, a busca pelo conhecimento e entendimento e a experiência adquirida na repetição.

Penso que somente depois de diversas tentativas é que somos capazes de definir, o que conseguimos ou não, o que nos é bom ou não, do que é apenas uma experiência.

Acredito que precisamos tentar inúmeras vezes antes de desistirmos do que quer que seja.

Porque não são as primeiras tentativas que definem.

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