Momento de acertos.

Existem momentos na nossa vida em que precisamos fazer alguns acertos com quem somos.

Já nos entrelaçamos em tantos braços e abraços, tantas histórias… memórias.

Sentimentos, afetos, encontros com tantos que passaram e convívio com alguns que ficaram.

Em cada tempestade, “esvoaçamos”, rodopiamos, nos descabelamos, aprendemos, crescemos.

E com as experiências vividas, fomos acumulando dentro de nós uma soma de sentimentos que a vida nos fez despertar.

Alguns nos machucaram e outros nos fizeram viver alguns dos nossos grandes momentos.

E provavelmente, o que nos feriu acionou a nossa autodefesa e fomos nos moldando.

Mais frios ou mais sensíveis, mais carinhosos ou mais ariscos, mais ousados ou retraídos, de acordo com o que deixamos permanecer em nós e alimentamos.

Com o tempo, também fomos carregamos acertos e erros… Diversos erros. Talvez culpas por coisas que fizemos e por outras tantas que deixamos de fazer.

No entanto, acredito que não são os erros e as coisas que nos feriram que devem ter o “poder” de nos moldar… endurecer.

Precisamos perceber os nossos limites e acertar conosco o que queremos que permaneça ou não.

Não precisamos carregar a aprovação de outros para sermos quem somos, mas precisamos do encontro com a nossa paz.

Precisamos buscar na maturidade a leveza e a liberdade.

Precisamos perceber o que as marcas passadas fizeram com o nosso coração.

Portanto, acho importante o momento de reconciliação com partes da nossa história, tirando sombras da memória, fazendo as pazes com erros e culpas e refazendo os nossos passos.

Porque que a nossa vida não é para ser moldada pela aspereza do que nos fere, mas sim, pela delicadeza do que nos toca.

E são nesses momentos de acertos que encontramos a paz com quem somos.

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