Sair do casulo

Casulo.

Precisamos sair do casulo para conhecermos as nossas asas.

Existem momentos e situações que nos envolvem tanto, que não nos deixam perceber que vamos aos poucos, nos afastando de nós.

Na tentativa de nos mantermos alinhados, engajados e talvez até de não perdermos nada, vamos nos moldando.

Sequer percebemos que o que muitas vezes nos parece uma conquista, nada mais é do um atraso.

Começamos a nos acostumar ao incômodo de tentativas inúteis e nos vemos dentro do nosso casulo.

Podemos nos manter ali apertados, acreditando talvez ser seguro, ou então começarmos a nossa transformação.

 Juntarmos as nossas forças e nos libertarmos.

Como lagartas virando borboletas, passaremos por complicados “apertos”.

Mas é depois deles que a vida ganha outra forma.

É quando as asas nos mostram que podemos voar, que realmente nos sentimos livres.

E quando nos tornamos livres, entendemos o que é realmente uma ausência e o que faz parte da nossa essência.

Acredito que esse momento transformador é um dos mais importantes que vivemos.

Porque é quando largamos “as cascas”, que sentimos o encanto da leveza.

Penso que diferente das lagartas, passamos por diversas etapas do “sair do casulo”.

E em cada uma delas alcançamos um pouco mais de nós e percebemos o que nos é importante ou não.

No entanto, esse não é um processo fácil, por vezes dói, mas contudo, é libertador.

Porque enfim, para conhecermos as nossas próprias asas, precisamos primeiro sair do casulo.

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