Não adianta insistir

Não adianta insistir no que não faz bem.

Durante nossa vida, vivenciamos diversos e dos mais variados tipos de relacionamentos. Dos que encantam e acrescentam aos que machucam e nos travam.

São tantos os momentos compartilhados entre sorrisos e conversas soltas.

Do tilintar de taças aos abraços… do aconchego a troca de olhares.

Da conversa descompromissada ao diálogo maduro.

Mas se fossem somente esses os momentos que fizessem parte da nossa vida talvez não soubéssemos valorizá-los.

Mas o fato, é que também vivemos relacionamentos que julgamos importantes porque envolvem nossas emoções e sentimentos, mas são truncados. Se perdem no diálogo incompreendido, nas palavras não ouvidas e no desgaste emocional.

Insistimos guiados pelos sentimentos e por vezes nem nos damos conta do desnecessário.

A dor de uma possível ausência nos assusta a ponto de não percebermos que não será pior do que a da presença desgastante.

Por outro lado, atualmente, vemos relacionamentos amorosos, familiares ou de amizade, se perderem com uma absurda facilidade ao primeiro “desencontro”.

Penso que o diálogo e o silêncio do olhar verdadeiro são nossas melhores conversas.

É preciso sim, lutarmos pelo que acreditamos, no entanto, quando essa insistência precisa extrapolar o amor próprio, temos que aceitar que algo não flui como deveria e não vai fluir.

Quando as tentativas já existiram e as respostas foram sempre iguais, pelo bem próprio, o que nos resta é aceitarmos que o que não nos faz bem, não deve ter a importância que damos.

Relacionamentos somente são saudáveis quando há reciprocidade, interesse e companheirismo, porque senão, são verdadeiros desgastes emocionais.

É preciso abrir espaço ao que acrescenta e flui.

Não adianta insistir no que não faz bem.

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