Sentimentos. Quais estamos carregando?
Sentimentos.
Ah… sentimentos.
Interferem no nosso modo de ver, ser e viver.
Cada sentimento, até os que acreditamos estarem direcionados ao outro, está principalmente alcançando e afetando a nós mesmos.
Percebendo ou não, o que sentimos pela vida, pelo outro ou pelos outros, de bom ou ruim, é o que estamos carregando dentro de nós.
Acredito que aí está o que talvez muitos não percebam.
Quando sentimos amor, carinho, afeto, paz, alegria pelo que nos rodeia, é porque tais sentimentos estão morando, vivendo em nós.
No entanto, é importante lembrarmos que o mesmo acontece com os sentimentos ruins, negativos… raiva, inveja, desprezo e tantos outros.
Os sentimentos nos movem, acariciam, abraçam, machucam… ensinam.
Vejo os nossos sentimentos como peças fundamentais. Engrenagens que movimentam nossas vidas.
São de uma importância tal que necessitam de atenção e cuidados.
Carregam o poder de tantos dos nossos atos… e da falta deles.
Trazem a coragem para atitudes as quais jamais… jamais conseguiríamos tomar sem eles.
Uma das nossas maiores forças, e talvez o nosso “ponto fraco” também.
São capazes de fazerem os nossos mais simples momentos serem eternizados na intensidade, no desejo, na paixão, no amor.
São capazes de fazer, sem sequer entendermos, com que inúmeras cores cintilem diante dos nossos olhos ou todas elas “se apaguem”.
Carregamos dentro de nós uma grande quantidade de sentimentos. Bons. Ruins.
Lembranças que gostamos de ter. Lembranças que gostaríamos tanto de esquecer.
Mas, bons aos ruins, são eles que nos fazem como somos e quem vamos nos tornando.
Alguns bagunçam a nossa cabeça, dançam na nossa imaginação, nos fazem não enxergar a razão.
Há os que nos tornam melhores e os que tentam fazer o inverso.
Trabalhar os nossos sentimentos é uma das artes que faz parte do nosso aprendizado.
E não é nada fácil. Muito pelo contrário.
Penso que não é exatamente possível escolhermos o que sentir, mas podemos escolher, quais sentimentos terão a nossa atenção, serão regados e cultivados… ou não.
Porque afinal, onde estão existindo, é dentro de nós.
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