Se os sapatos apertam, tire-os.
Se os sapatos apertam, tire-os.
Penso que sapatos e momentos “apertados” só devem permanecer pelo exato momento em que o prazer que nos tragam, seja maior do que qualquer aperto que nos façam sentir.
Existem momentos que nos incomodam tanto quanto um sapato apertado.
Podem até ter o seu lado agradável, no entanto, não existe um só instante em que não desejamos nos livrar deles.
Alguns sapatos, assim como momentos, aparentemente teriam tudo para nos fazerem estar bem, mas não fazem.
São incômodos que insistimos em usar… carregar.
Não há nada como a liberdade. Tirar os sapatos e sentir o conforto do instante em que os tiramos. Estar sem nada que aperte, sufoque.
Quando algo não encaixa, não será nos espremendo e forçando que o deixará bom. Será sempre um quebra galho desnecessário.
É certo que inicialmente nem tudo é um encanto de beleza e conforto.
As coisas precisam da boa vontade, do empurrãozinho, da tentativa, do ajuste de arestas e do tempo que permita a oportunidade dos encaixes que adaptam.
No entanto, precisam estar nos limites de conforto, os quais nós devemos impor e precisarão permanecer confortáveis.
Nem sempre o que nos parece “mais bonito e perfeito” é o que alcança esse objetivo.
Porque afinal até mesmo a beleza da aparência, se perderá na transmissão do desagradável.
O que nos aperta não nos permite a naturalidade, a liberdade e a beleza visível ao coração.
Toda caminhada, toda dança, todo o trajeto já trazem as dificuldades próprias do aprendizado, das barreiras, não invente de carregar outras.
Não merecemos nos apertar para caber no que quer que seja.
Se precisarmos nos espremer pra agradar, teremos que nos machucar pra continuar. E penso que isso não vale a pena.
Temos que estar onde cabemos e entender que é o que nos cabe bem, que nos serve.
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