Portas abertas

Portas abertas.

Como são importantes as portas da nossa vida.

São muitas as que encontramos pelo caminho.

Algumas se abrem ao primeiro toque, outras precisam que encontremos as chaves.

Existem as que nos levam pelas agradáveis sensações e sentimentos, e as que nos levam ao oposto.

As que nos deixam à vontade para ficar, entrar, sair, voltar… e as que tentam nos “prender”.

No entanto, no meio de tantas portas, estão as nossas.

Portas que usamos como alternativas de privacidade e barreiras que impeçam que entre o indesejado.

Conhecermos as nossas portas e termos em mãos as chaves que as abrem ou fechem, facilita muita coisa.

Porque assim como dentro das nossas casas, dentro dos nossos sentimentos, nem sempre entram apenas quem escolhemos.

Entram também os que só percebemos quando já estão dentro, e às vezes até mesmo quem “arrombou” a porta para invadir nossos espaços.

Enfim, cabe a cada um de nós, garantir “a segurança desejada”.

A segurança que realmente bloqueie quem não queremos que entre, e se esse bloqueio falhou, a consciência da necessidade de atitudes que nos façam tirar quem não queremos que fique.

Mas por fim, dentre esses que entram convidados ou não, existem os que se tornam especiais para nós.

E como se algo trouxesse um brilho, preenchem a “nossa casa” de encanto. Sentimos como se fosse o que faltava… e não queremos que saiam.

E é aí. Exatamente aí, onde as nossas atitudes, maturidade e consciência de liberdade, farão a diferença, nos permitindo um bem real ou ilusório.

O que realmente “segura” alguém.

De nada nos adiantará tentarmos fechar a porta, para que quem entrou e queremos dentro, não saia.

Porque o que irá segurar quem queremos por perto, serão as nossas atitudes que consigam alcançar o interior do outro… os sentimentos.

Não adianta forçarmos o que só existirá na espontaneidade… no simples da reciprocidade.

Nem nós e nem ninguém gosta de se sentir preso ou sufocado.

Porque não é nos forçando, ou nós forçando alguém, que será mantido o companheirismo agradável.

No meu modo de ver, a melhor parte do “estarmos juntos” a alguém, está na vontade recíproca de que assim seja.

E sejam amigos, parceiros ou companheiros, quem será capaz de realmente nos fazer bem, é quem ficar mesmo diante da porta aberta.

Porque bom mesmo é quem fica ao nosso lado sem amarras, sem nós. O que permanece dentro da espontaneidade do simples querer.

Deixe a porta aberta para quem deixou entrar, porque importante é quem fica, querendo ficar.

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