Ponto final nas histórias mal resolvidas
Ponto final.
Acredito que esse é um ponto de extrema importância. Porque é nele que nos encontraremos com a tranquilidade, a paz e com uma verdadeira oportunidade de recomeço.
Algumas histórias permanecem seguindo e seguindo por dolorosas páginas vazias, aguardando somente o nosso ponto final.
O inacabado.
Não raramente carregamos histórias inacabadas.
Algumas porque decidimos que não as queremos mais, não fazem mais sentido, não “existem” mais para nós.
Outras, porque alguém colocou o ponto final na própria parte, dentro de alguma história que também é nossa.
E quando a essência acaba, independente de sermos o primeiro ou o último, é necessário que coloquemos o ponto final na nossa parte… Da melhor forma possível… E dentro de nós.
Porque tanto a falta, como a utilização inexata desse ponto, carrega consequências desagradáveis e dolorosas.
Inexata utilização.
Pontos finais são necessários.
No entanto, para que realmente representem um fim, precisam seguir uma sequência… Precisam se encaixar no contexto.
Não podemos simplesmente colocá-lo no meio da frase, porque isso não significaria a finalização, mas sim uma interrupção abrupta, inesperada e consequentemente a falta de algo.
E o problema fica em algumas das nossas tentativas, até mesmo inconscientes, de fazermos isso quando simplesmente não queremos a continuidade.
Porque obviamente é mais fácil colocarmos um único sinal, do que revermos o contexto para realmente criarmos um verdadeiro “FIM”.
Ponto final no meio do caminho, apenas bagunça toda a história e a deixa até mesmo, sem o sentido que um dia existiu.
A falta do ponto.
Talvez o maior problema seja colocarmos esse ponto nas histórias que não gostaríamos que acabassem, ou que pra nós, ainda “não acabaram”.
No entanto, não colocá-lo não significa que elas continuam na sua essência porque assim o queremos, mas sim que apenas permanecem com páginas vazias vagando unilateralmente no incômodo.
Porque coisas inacabadas, nem que apenas em alguns momentos, incomodam.
Até mesmo em se tratando de uma arte que sugere a reflexão, nos causa um certo desconforto percebermos a falta de finalização.
O melhor fim no inacabado.
Penso que quando algo não existe mais, precisamos colocar o nosso ponto final.
Não é fácil… E isso dói.
No entanto, cabe a cada um de nós, autores das nossas próprias histórias, nos darmos ao trabalho de finalizá-las da melhor forma possível.
Na vida real nem todos os pontos finais serão do tipo “todos felizes”, mas acredito que quando colocados na hora e do jeito certo, o “final” será o ponto decisivo para a liberdade e o bom recomeço.
Enfim, nem todos os pontos finais são fáceis e agradáveis, pelo contrário.
No entanto, são necessários, e acredito que quando colocados no momento e da forma certa, são libertadores e renovadores.
Afinal, em cada um desses pontos, uma nova história começa.
Leia também Não adianta insistir no que não faz bem e Ame. Mas jamais se perca de quem você é.