O que fica embaixo do tapete não sai sozinho

Embaixo do tapete.

São tantas as pequenas coisas que se acumulam ou acumulamos “embaixo do tapete”. Algumas vezes, até por parecer mais prático e rápido tirar do caminho ou da vista, aquilo que não sabemos onde colocar… O que fazer com ele. E o engraçado é que acreditamos realmente, que será somente por um curto tempo. Logo, logo tiraremos dali.

Acontece que o tempo passa sem que sequer tenhamos nos dado conta, e “embaixo do tapete” ficou acumulado muito mais e por mais tempo do que o necessário, uma porção de “tranqueiras”… Coisas mal resolvidas.

É preciso existir o momento da verdadeira “faxina”.  Abrir portas e janelas, pegar panos, baldes, aspirador, água e começar a limpar… o pó, o mofo, o bolor, que está servindo apenas para deixar “o ar e o ambiente” carregado do desnecessário e incômodo.

É preciso chegar o momento em que tenhamos a coragem de fazer o “serviço” chato e pesado… Resolvermos o que empurramos pelo tempo.

E essa, é uma limpeza que ninguém pode fazer por nós, no entanto, como todas as outras, agradará não só a nós mesmos, como também a todos os que moram, vivem ou nos visitam.

Podemos até pensar que o que está lá, está quieto, escondido, não perturba… mexer vai “levantar tanta poeira”. Mas acontece que nós sabemos daquela tranqueira ali. E assim como na construção ou reforma de uma casa, o momento da execução é chato, incômodo, por vezes desesperador, no entanto, depois de feito, é uma conquista deliciosa. Coisas em ordem. Como deveriam estar.

É a agradável sensação do novo. Do limpo. Do leve… Do resolvido.

O que está embaixo do tapete é para ser limpo, colocado no local que julgarmos apropriado. Exposto. Embaixo. Em cima. Guardado na gaveta. Ou simplesmente jogado no lixo. O importante é que saia dali.

O tapete pode servir pra limpar os pés, dar conforto, aconchegar, mas não pra guardar coisas. Muito menos as mal resolvidas. Porque embaixo do tapete, não é lugar para nada.

O que fica embaixo do tapete não sai sozinho. Coragem! Tire de lá! O ar e a vida ficam mais leves. E o tapete? Ah… Descanse nele.

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