Que exista coragem para falar o essencial.

Palavras.

É impressionante como em diversos momentos temos a coragem para falar coisas absurdamente desnecessárias.

Penso, que alguns mais do que outros, mas todos nós acabamos cometendo esse desagradável deslize em falar além do devido… do necessário.

É no instante dos desagrados, é na soma do que incomoda que palavras começam a ser lançadas no ouvido do outro, como metralhadoras.

Em disparos constantes, os ouvidos (por vezes os nossos) são bombardeados de palavras.

Certamente muitas delas precisam, devem ser ditas… e ouvidas.

No entanto, ficam minimamente perdidas em um disparar acompanhado de inúmeras palavras desnecessárias e indevidas.

E em um soar repetido incomodando ouvidos, o que deveria ser útil se perde ou se corrompe no meio dos excessos.

Ah… como seria bom se ocupássemos essa coragem que dispara o desnecessário, falando e transmitindo apenas o que deve ser dito, não é mesmo?

E em poucas, porém efetivas vezes.

E mais do que isso, que essa coragem do disparo com firmeza e intensidade, surgisse para falar as coisas que raramente ou nunca são ditas:

“Gosto de você”, “Que bom que está aqui”, “Obrigada por me acompanhar”, “Me desculpe”, “Fica comigo?”… e tantas, tantas outras.

Enfim, que o pensar nisso nos ajude a despertar a coragem para a fala essencial do que merece e deve ser dito e ouvido, e nos ajude a calar os excessos.

Que a coragem seja usada, não para falar o absurdamente desnecessário, mas sim, o essencial.

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