Não dependa do “Pra quê?”
Não dependa do “Pra quê?” quando existir o “Porque me faz bem”.
Carregamos, talvez pelo desejo em nos sentirmos realizados, um excesso da simples pergunta “Pra quê?”.
Obviamente ela é importante. Porém, a falta da resposta que demonstre a utilidade que a nossa cabeça já se programou para querer, nos faz desistir de coisas importantes.
Porque, pelo menos pra mim, a importância guardada em tudo o que me faz bem, há tempos é encarada com prioridade.
Ao pensar excessivamente no “Pra quê?”, vamos nos desviando das pequenas conquistas, sensações, sentimentos e superações.
Se buscarmos somente o que nos leve à alguma medalha, talvez nunca venhamos a sentir o quão gratificante é superarmos os nossos próprios limites.
Penso ser importante percebermos que os resultados nem sempre estão no “concreto ou visível”, mas no que acontece dentro de nós.
Porque alguns momentos não precisam de explicações. Precisam apenas das sensações.
É fácil nos vermos diante da falta de “querer”. Do desânimo em acharmos que não há nada que realmente gostamos ou queiramos fazer.
E, no meu modo de pensar, isso acontece justamente porque, não nos permitimos experimentar as coisas que não nos mostram “a utilidade” que normalmente pré-determinamos.
Quando fazemos algumas coisas aparentemente inúteis, sem culpa, sem acharmos ser uma perda de tempo, pela simples sensação de bem estar, é que nos tornamos realmente livres para nos encontrarmos com o prazer.
Porque afinal, as grandes e “palpáveis” conquistas são sensacionais. Mas não mais do que o alcance da conquista “do sentir”.
Porque são tantas as sensações agradáveis guardadas no descanso, no sabor de um café, um vinho…
Na leitura envolvente… Na trilha na mata sentindo o cheiro da natureza… No andar de pés descalços na areia…
No conseguir umas braçadas a mais no nado… No alcançar o topo de uma montanha e sentir a beleza da paisagem se fundir com uma agradável e inexplicável sensação de alegria e paz.
Simplesmente sem “Pra quê”… E somente “Porque me faz bem”.
Não perca tudo o que “se guarda” por trás da ausência de reposta a qualquer “Pra quê?”.
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