Calma… calma.

Não adianta falar: “Calma”, quando alguém está nervoso.

Impressionante como automaticamente falamos “calma” para alguém que se encontra fora de controle, e como essa palavra soa de forma oposta pra quem a ouve no momento em que seu mundo está desmoronando.

Obviamente é a palavra que mais intensamente explica o que queremos transmitir.

Mas chega a ser interessante, como em grande parte das vezes ela “cai” de forma errada.

Não sei ao certo o motivo, mas talvez transmita algum tipo de cobrança diante de algo que o outro não está em condições de fazer… ou ter.

Geralmente vem repetida em forma irritada de interrogação… “Calma?”… “Como posso ter calma?”… Ou com algumas outras palavras não tão educadas, ditas ou pensadas.

E temos que admitir, que quando somos nós os ouvintes, não são poucas as vezes em que essa exata e gentil palavra , nos “cai atravessada”, não é mesmo?

Enfim, cada um de nós reage às situações adversas de uma forma diferente.

No entanto, o que penso que praticamente todos nós queremos e precisamos em algumas situações, é do “sentimento acolher sincero”.

Acredito que na maior parte das vezes em que essa palavra nos chega à ponta da língua, devemos silenciá-la.

E talvez, esse seja o exato momento em que é no silêncio do olhar, de um abraço, que possamos realmente transmitir o que a palavra dita não conseguiria.

Quando alguém está nervoso não adianta falar “calma”.

Olhe… abrace…  transmita-a.

Leia também Quando não souber o que falar, olhe com o coração.