Formas de olhar.

Penso que a forma de olhar é uma escolha, e como qualquer outra carrega as suas consequências.

Olhar e sentir, as paisagens, coisas, pessoas e atitudes, facilmente nos faz perceber que nem tudo são “flores”.

Nem tudo carrega a beleza na aparência, nos gestos… Nos sentimentos.

Perceber o “desarrumado”, sujo, imperfeito, injusto, enfim “o feio”, é fácil. Muito fácil.

Porém perceber “a beleza” que se esconde, ou talvez, se guarde, dentro das coisas e pessoas, não é tão simples.

Porque o olhar gentil e com encanto, diante de tantas e tantas coisas “feias”, carrega a ideia de ingenuidade, “falta de realidade”.

Mas acredito que essa ideia e pensamento apenas tiram de nós mesmos, das coisas e do outro, a possibilidade de um agradável sentir.

Temos diversas formas de olhar que melhor se ajustam a cada momento.

No entanto, no meu modo de ver, o olhar que busca “o melhor, o bonito, o encanto”, faz uma grande diferença.

E não penso que ele nos tire os pés do chão. Que nos faça achar que a vida é perfeita e que tudo e todos são maravilhosos. Que nos tire da realidade.

Simplesmente, nos faz perceber, que tudo e todos carregam imperfeições, porém também encantos.

É certo que as coisas “feias” precisam sim ser vistas, mas não para simples, constantes e insistentes reclamações. Mas para a busca das atitudes e do quê as torne melhores.

E não é o olhar gentil e com encanto, que nos cega para tudo o que precisamos ver.

Enfim, a forma de olhar pertence a cada um de nós. E não sei dizer qual, ou se existe a forma certa ou errada.

No entanto, acredito que percebermos a importância guardada no “nosso olhar”, e tudo o que ele é capaz de fazer, só nos acrescenta e leva à busca para “um viver melhor”.

E pra mim, uma coisa é certa, em uma forma de olhar, existe um encontro com o encanto.

Leia também Um olhar com empatia.