A sutileza das afinidades

O silêncio gentil das afinidades.

No meio de tantas diferenças entre quem somos e quem o outro é, existe o encanto da afinidade.

Encanto que de alguma forma nos conecta e aproxima pelo reconhecimento de algo que carregamos dentro de nós, com algo que o outro carrega dentro dele.

A capacidade que possuímos para identificar semelhanças em pontos que nos são importantes.

E nesse reconhecimento isento de interesses os nossos sentimentos se encontram com os de alguns.

Um reconhecimento que às vezes se dá pelos estilos de vida, outras por semelhanças em ideias e ideais, outras simplesmente pelo encontro da essência de quem somos.

Porque as afinidades “chegam” por características às vezes visíveis aos olhos, porém outras, somente ao coração.

E aí é onde percebemos tantos aparentemente diferentes se encontrando e “se dando bem” mesmo diante de diferenças externas e estranheza alheia.

Durante a nossa vida, foram diversos os “encontros” por afinidade, e é impressionante como basta uma pequena parada para sentirmos carinho por alguns desses “encontrados”.

Que a gente saiba realmente aproveitar e valorizar essa tal de “afinidade”.

Porque às vezes a nossa razão nos engana… Os nossos pensamentos também nos enganam… E até mesmo o coração às vezes nos engana.

Mas a afinidade tem uma desinteressada capacidade tal de reconhecimento, que dificilmente nos enganará.

Porque se por acaso ela não mais existir… Também nos permitirá perceber, reconhecer isso.

Na gentileza das afinidades há um encontro de algo em nós que se reconhece no outro.

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