A importância do que não cobra urgência
Urgências.
Do abrir os olhos para o dia, ao momento de fechá-los para a noite, nos “atropelamos” nos pensamentos, atitudes e urgências.
O café é apressado, o trânsito nos estressa, porque parece que ele próprio é estressado.
E em pouco tempo, mensagens chegam, o celular toca, um quer isso, outro aquilo.
E partimos para a jornada alucinante “do urgente”.
O pensamento pulsa na lembrança da conta à pagar, da ligação que não “podemos” esquecer de fazer, do e-mail o qual o envio não pode passar de hoje, e tantas outras coisas.
E parece que cada vez mais, vamos vivendo no tempo das urgências.
Muitas coisas se tornam urgentes. Se não aos nossos olhos, aos de quem espera a nossa “colaboração”.
E até mesmo sem percebermos vamos nos envolvendo nessas urgências.
E ao final de cada dia sentimos a agradável ou desagradável sensação de tê-las ou não “resolvido”.
Seguimos sem perceber parte do que se passa diante dos nossos olhos… e dentro de nós.
É certo e óbvio que as urgências existem, mas penso que precisamos colocá-las no lugar certo.
Prioridades.
São muitas as coisas importantes que não aparentam, e até mesmo não cobram urgência, mas são os “pilares” da nossa vida.
Ficam posicionadas “sem pressa” dentro de tudo o que nos equilibra física, emocional e sentimentalmente.
Mas nós, presos ao que nos cobra atenção, não raramente cometemos a falha em nos esquecermos do que não “nos cobra”.
Temos que saber conviver com as urgências, mas sem nos deixarmos atrasar na nossa própria pressa.
Porque são inúmeras as coisas que não pedem, nem cobram, mas precisam da nossa atenção e tempo, assim como nós próprios precisamos.
Enfim, acredito que temos que aprender a abrir um espaço constante no nosso tempo, para o bem estar físico e emocional encontrado nas atividades que nos fazem bem e dão prazer, para os afetos… sentimentos.
Porque o que é importante não precisa esperar a urgência para ser prioridade.
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